Observações sobre a Apologia de Sócrates e sobre Sócrates e Platão

Segue um breve resumo e observações sobre a Apologia de Sócrates (o julgamento de Sócrates), seguido por observações mais gerais do trabalho de Platão:

 Sócrates foi levado a julgamento e começa se defendendo dos acusadores, afirmando que estes mentiram ao chamarem-o de "hábil em falar”. Ele explica que apenas apresentava fatos, falando a verdade e que seus discursos eram improvisados, não embelezados como o de seus acusadores. 

De fato, nos diálogos escritos por Platão, seu mestre Sócrates não apresenta linguagem empolada cheia de termos difíceis ou muito complexos. Embora os conteúdos ocasionalmente possam parecer complexos como mostrado nos textos Parmênides, Sofista e Teeteto, a linguagem de Sócrates em si é geralmente simples. Talvez para nós leitores que ganhamos acesso à obra de Platão após 2 milênios (!), a linguagem dos diálogos possa parecer um pouco esquisita ou difícil de entender, mas isso possivelmente se deve a diversos outros fatores: Por exemplo, Platão tinha um status social diferente de Sócrates, pertencendo a uma classe certamente "superior" a de seu mestre, então pode ter feito adaptações e modificações nos diálogos. Além disto os textos de Platão certamente passaram por muitos tradutores diferentes ao longo de séculos, e tais tradutores tem suas próprias particularidades, sejam de idioma ou mesmo de interpretação. 
Comparei ao menos 4 tradutores de diferentes textos de Platão e notei que em geral eles se mostraram poucas diferenças entre si, certamente sendo fiéis ao conteúdo da obra, com eventuais possíveis deturpações de impacto pouco relevante. Particularmente gostei do trabalho de Edson Bini que indicou vários termos originais do grego antigo em suas traduções. Isto me inspirou a checar o site "perseus.tufts" sobre alguns pontos de dúvida que eu tive nos textos de Platão.
A linguagem simples de Sócrates então indica um ponto central da filosofia ocidental em sua origem, pois está conectada à presunção da ignorância, onde assume-se que não se conhece um assunto ao começar estudá-lo: Platão destaca isso não só nesta obra, mas também em suas críticas à retórica (como em Górgias, por exemplo), afinal sem uma linguagem simples e transparente, fica difícil abordar a ética e os valores universais. Não se trata só de buscar a excelência, a justiça, a moderação, a coragem e o bem, mas também de colocá-los em prática para o bem do coletivo... e se é para o bem do coletivo, é para o bem comum do maior número possível de pessoas e de seus representantes (governadores e legisladores, enfim a cidade/ estado). Sendo para o bem do coletivo, a filosofia como uma construção de conhecimento alicerçada na ética não poderia ter uma linguagem complexa e totalmente alheia ao povo, mesmo Platão apontando em sua obra, a diferença entre as 3 classes típicas da sociedade/ de pessoas.

Sócrates diz temer mais do que seus acusadores, alguns autores que ao longo dos anos, inventavam mentiras sobre ele. Estes, que convenceram a muitos atenienses, o acusaram de “tornar o discurso inferior, superior” e de não crer nos deuses (a impiedade da Grécia clássica). Estas acusações tentaram classificar Sócrates como um sofista (orador que vendia seus serviços para convencer os outros) e como um naturalista (filósofo geralmente tido como ateu, devido a explicar fenômenos da natureza “em demasia”), porém o filósofo não cobrava dinheiro de pessoa alguma e acreditava no divino. O filósofo diz que existem indivíduos que o acusa há muito tempo e outros que fazem acusações recentes. Assim ele se defende primeiro dos argumentos tipicamente usados por seus opositores e críticos de longa data, como por exemplo, o poeta cômico Aristófanes, para depois se defender das acusações recentes.


 Sócrates conta que (em sua juventude) a píthia (sacerdotisa que realizava o oráculo de Delfos) lhe disse que era o mais sábio entre os homens e que por isso, achando que nada sabia, foi questionar outros supostos sábios sobre suas respectivas “sabedorias”. Assim Sócrates descobriu que vários homens tidos como sábios, apenas se achavam sábios, enquanto ele mesmo, ao menos, reconhecia que nada (ou pouco) sabia. 

 Esta é a postura básica, ou seja, o pré requisito que deve servir de base para qualquer indivíduo em todas as áreas do saber. Assumir que não conhece os temas (fatos, fenômenos etc) que não foram estudados para manter-se “aberto” à possibilidade de aprender. Isto inclui não emitir a própria opinião como verdade absoluta. Ao manter tal postura, o indivíduo não deve admitir um discurso alheio imediatamente como verdade; ele pode e deve questionar/ investigar o que está sendo apresentado por outrem.

 Sócrates passou a questionar diversos sábios, políticos, poetas, artesãos, entre outros, e descobriu que os mais bem-vistos eram os mais carentes de uma conduta reflexiva, enquanto os mais banais, lhe pareceram os mais razoáveis. Por causa desta perambulação, Sócrates passou a ser odiado por muitos.
 Sócrates então, diz crer que O Deus (*) é sábio, mas a sabedoria humana nada vale. Por isso, em conformidade com Ele, seguiu investigando e interrogando para identificar aqueles que pensam que sabem, e então refutá-los. 

(*) Certamente o theos citado pelo filósofo em variados diálogos; Alguns tradutores utilizam maiúscula, enquanto outros usam a letra inicial minúscula;

Nesta perambulação, Sócrates não tinha tempo para exercer outras atividades e vivia na penúria. Porém, os jovens filhos dos abastados que dispunham de ócio, ouviam Sócrates e se juntaram em seus questionamentos. Isto teria enraivecido os homens proeminentes da sociedade, que geralmente eram ambiciosos e/ ou violentos e passaram a acusar Sócrates de corromper a juventude. Sócrates então conclui que tais homens enraivecidos não sabem dizer o que ele ensina aos jovens para "corrompê-los", e por consequência disto, se emudecem ou utilizam-se de argumentos já prontos como os do poeta Aristófanes.
 Os pseudo sábios (ou os "bem vistos" pelo povo) refutados por ele, não conseguiam provar que conheciam algo de fato, então passavam a acusar Sócrates, em torno de 3 argumentos falaciosos:
1. Que Sócrates não acreditava nos deuses. Possivelmente um ataque feito mais pela classe religiosa / supostamente espiritualizada, como sacerdotes e poetas, afinal a religião predominante ou popular na Grécia clássica era o politeísmo;
2. Que Sócrates tornava superior o discurso inferior. Certamente uma acusação das altas classes sociais da Grécia clássica. Artesãos enriquecidos ou indivíduos com grande poder político, tinham medo de serem questionados perdendo suas fortunas caso o povo descobrisse seus crimes; 
3. Que Sócrates falava das coisas suspensas no ar e sob a terra. Esta acusação certamente se juntava a de “ensinar coisas numinosas”, ou seja relativas ao espiritual (daimonia). Possivelmente a classe dos sofistas e retóricos (oradores) insinuava que Sócrates falava de coisas “do além”, de coisas que “não existiam”;
 De fato, embora as acusações pudessem se misturar (um poeta, por exemplo, criticou Sócrates, usando a 3ª acusação), Sócrates completa esta sua argumentação, explicando que viciados pelo prestígio, seus 3 acusadores, Meleto, Anito e Licon, vieram representar respectivamente as 3 classes mencionadas anteriormente. O acusador Meleto aparece somente dando breves respostas, certamente porque Platão, ao escrever o texto, priorizou a fala de seu mestre, Sócrates.
 A partir daí Sócrates refuta as acusações de Meleto, explicando que era impossível não crer em deuses, ensinando sobre os numes e o numinoso, que tinham relação com o conceito de divino e origem nos próprios deuses. 

Ele adiciona que devido ao ódio de muitos, mesmo refutando as acusações, deve perder a causa (acabar condenado), e que mesmo assim, não teme a morte, pois não deve-se priorizar a própria vida (corporal, sensorial) ante a busca pela justiça e benevolência. Deve-se agir e fazer coisas justas e belas, mesmo que haja um risco de morrer. A morte é sempre algo desconhecido, que não se sabe, por isso temer a morte diante a oportunidade de se fazer o bem, é ignorância, é pensar que se sabe o que não se sabe. 
Como defesa, Sócrates faz um discurso dizendo que não conhece coisa alguma do Háidoy (o mundo dos mortos, reino de Hades), exceto o que é injusto e feio e não deve ser feito. 
Ele explica que em suas andanças, apenas incitou jovens e velhos a zelarem pela verdade, pela sabedoria e a aperfeiçoarem suas psiquês (almas). Após pedir algumas vezes para que os demais não façam tumultos e algazarras (Platão não registra tais casos em seu texto), Sócrates diz: "Saibei que se me matardes, sendo eu o homem que digo que sou, não me ferireis mais do que a vós próprios; com efeito nem Meleto nem Anito seriam capazes de ferir-me, o que julgo impossível, pois acredito não ser permitido pelas themitón (*) que um homem melhor seja ferido por um homem pior." 
Ele completa esse argumento explicando que foi destinado à cidade (de Atenas) para dar seus aconselhamentos privados e não publicamente na política, por algo divino pertencente a(s vozes d)os daimons. [theion ti kai daimónion gignetai (phone)]. Isto porque, se agisse publicamente na política, ele seria morto antes de chegar na idade que chegou. Sócrates diz que para viver como viveu, na pobreza, sem ganhar fortunas ou bons cargos, não faz sentido que tivesse outro motivo além dele ser uma dádiva dos deuses para a cidade.

(*) Edson Bini destaca que essa palavra que lembra o nome Themis (deusa/ titã da justiça) se refere às leis humanas ou divinas. Certamente há o teor divino/ espiritual, pois Sócrates não temia a morte por crer na justiça, que o theos e os daemons (os bons espíritos, guardiões) eram virtuosos/ justos etc.

O desfecho do julgamento de Sócrates é famoso: Após refutar seus acusadores ele recebe uma chance de escapar da pena de morte caso parasse com suas atividades consideradas como "corruptoras" da juventude na Atenas de seu tempo (o século 4 a.C). Sócrates, porém, continua afirmando que iria até o fim da sua vida, exercendo a filosofia e perguntando se aqueles que militam em favor do dinheiro (a fim de possuir sempre mais) e da fama não sentem vergonha. Pois, por fazerem parte de uma cidade com a reputação de ser tão sábia e forte como Atenas, deveriam se preocupar com a reflexão, a verdade e a alma, para que se torne sempre melhor. 
Por esta razão o "tribunal" lhe retira a chance de viver e ele é condenado a beber sicuta (um veneno mortal), tendo que esperar os próximos dias na prisão.

 A filosofia socrática e platônica é essencialmente uma, pois Sócrates não deixou escrito algum: Praticamente todos seus ensinamentos foram registrados por Platão. Independentemente se Platão adicionou suas próprias ideias às de Sócrates, é notável que a filosofia de ambos não é um saber isolado da realidade. Ambos autores aprenderam determinados conceitos de alguns filósofos naturalistas "gregos" (pré socráticos), como Parmênides, Anaxágoras entre outros. Além disto, a filosofia socrática-platônica, que é a raiz e cerne de toda a filosofia ocidental, trata de questões sociais e psicológicas e tem sua centralidade na ética. Esta ética busca um (ou busca o) valor universal, certamente a ideia (eidos) do bem/ belo (kalos), que deve ser desenvolvido por cada indivíduo e propagado com equidade a nível coletivo/ social. Neste processo de trabalhar a noção do bem das pessoas, Sócrates e Platão criticam abertamente a priorização das honrarias, da competitividade (*), do acúmulo de capital e de riquezas materiais (*). 
(*) Estas são as típicas priorizações ou preferências de 2 tipos de indivíduos identificados e nomeados pelo filósofo respectivamente de filónikon (o briguento, ou amante da vitória) e filokerdes (o amante do lucro ou do dinheiro) na obra "A República".

 Afinal a pessoa que prioriza a vida luxuosa, certamente busca cada vez mais status (posição de poder e/ ou fama) e/ ou busca mais e mais prazeres sensoriais de qualquer natureza, mas geralmente os mais “grosseiros”, classificados por Platão como os "prazeres dos banquetes" e os "afrodisíacos". Ao que parece, atualmente são entendidos como os prazeres mais neuroquímicos - do paladar ao saborear alimentos, do tato na atividade sexual etc. Esta busca contínua (regular, insistente ou prioritária) por status, competição e/ ou por muitos bens/ prazeres, naturalmente afasta a pessoa de uma vida centrada na justiça, na empatia, na equidade, na solidariedade, na humildade ou em qualquer outra virtude. A pessoa tende a se comportar como um viciado, levando um estilo de vida hedonista e/ ou materialista-niilista. Por estas razões a filosofia ocidental em suas bases, (socrático/ platônica) mostrou-se coerente com a crítica ao materialismo feita em Teeteto e a crítica ao hedonismo em outros diálogos como Filebo e A República. A filosofia em sua origem é aberta à espiritualidade e à religiosidade (como pode ser notado nos diálogos Fedro e Fédon), mas mantém uma postura ética e questionadora.

Platão, o fundador da Academia e de certo modo também fundador da filosofia ocidental, apresentou a ética como um dos temas centrais de seu trabalho desde suas primeiras obras (Fedro, Eutífron, Apologia de Sócrates, Críton e Fédon). Nestas obras ele já tentava traçar, ainda que vagamente, a relação de sua ética (as virtudes como temperança, justiça etc) com a psiquê humana;
Das obras "intermediárias" em diante, Platão claramente indica que não há uma verdadeira construção de conhecimento (epistemologia, pedagogia, enfim, filosofia) sem se pautar pela ética. Em Górgias, obra que critica o uso da retórica para fins particulares, o autor traça uma relação entre a lei natural e a lei humana, portanto faz uma comparação de que há uma semelhança entre justiça e o equilíbrio existente entre forças da natureza. Na República por exemplo, as abordagens sobre a realidade divina estão mais sutis e mais racionalizadas (acessíveis pela cognição) em comparação com obras como Fedro, mas ainda estão por trás das características das virtudes: imutabilidade e universalidade. As obras não se contradizem: na verdade Platão aborda os valores universais e a realidade espiritual/ divina através dos estados alterados de consciência (manike), do desejo e do amor em Fedro, e, através da racionalização, do estudo dialético, da reflexão sobre o indivíduo e a sociedade em A República.
Embora dificilmente aceita na academia deste início de século 21, o argumento da realidade divina apresentado na obra Sofista e em outras, dialoga sem problemas com a ética do autor que sempre foi composta de valores universais, ou seja, que não são afetados pelos ciclos de geração e corrupção da realidade "sensível" (sensorial). Além disto, tal ética pode ser encontrada ou desperta pela psiquê humana - a mente e alma como uma coisa só. A psiquê apresentada por Platão não é imortal por mera opinião do autor e sim por uma série de observações que ele apresenta em algumas de suas obras, simplesmente ignoradas ou recusadas pelos materialistas. É óbvio que as observações de Platão não foram feitas com o método de investigação empírico que é dominante na "academia" atual, pois o filósofo explica as limitações de tal método em alguns breves pontos de suas obras (por exemplo, em Protágoras, na "República"...) e acaba preferindo um método de investigação mais racionalista/ dialética (filosófica). 
O empirismo voltou a dominar entre estudos filosóficos a partir da Europa do fim do século 17 e com este método de investigação (empírico), também espalhou-se o pressuposto filosófico do monismo que afirmava que a realidade só pode ser uma: material ou mental. Embora houveram propostas de conciliação entre essas pré suposições, essa disputa resumidamente acaba com a vitória do positivismo que surge no início do século 19 e prega o materialismo como um dogma entre os estudiosos. 
Ainda pelo final do século 17, parece que a proposta de destacar (separar) a ontologia da teleologia foi difundida, inicialmente por Christian Wolff [e/ou outro(s) filósofo(s)]. O impacto disto poderia parecer irrelevante, mas não foi; Tal separação talvez fosse inicialmente inócua, porém vale lembrar que Platão propõe a filosofia como uma construção de conhecimento aberta ao diálogo com a espiritualidade, além de ser uma construção de conhecimento transdisciplinar. O filósofo ateniense discutia a realidade psíquica (que ia da mente à alma, como já expliquei) e ainda traçava a relação dos valores universais/ da ética com a espiritualidade (abordagem notória em Fedro, por exemplo). A ontologia para o autor não é discutir o que existe e o que não existe - é trabalhar a finalidade de melhoria de todas coisas (ver Fedon), psiquê inclusa no que se refere a desenvolver os valores universais/ a ética. 
Separar a ontologia da finalidade (teleos, que foi colocada na teleologia em determinado ponto da história após Platão, seja com Christian Wolff ou com outros filósofos) é impedir o diálogo entre conhecimento e espiritualidade, além de também ser a separação da finalidade ética de Platão do resto da construção de conhecimento. Tal separação praticamente é uma afirmação ou argumentação de que há conhecimento ou verdade sem ética... E isso deveria ser no mínimo polêmico, considerando que não existe proposta "aética" (neutra em relação à ética): Ou ela é ética, ou é antiética. Cito isto principalmente com base nas propostas de Platão para o entendimento da história da filosofia e da construção de conhecimento em geral; não com intento de acusar quaisquer filósofos posteriores a ele, mesmo porque tal acusação seria inútil.
Os materialismo hoje encontra-se elevado a uma posição dominante no meio científico. Meio científico este, que se contradiz ao designar-se como academia - termo criado por Platão e mantido por sua primeira geração de seguidores (acadêmicos). 
Enfim, já detalhei sobre a metodologia da construção de conhecimento de Platão em outros textos... 
A parte talvez curiosa da obra de Platão, é que grande parte de seu conhecimento é atribuído ao seu mestre Sócrates, com doses menores atribuídas a Anaxágoras e Parmênides, menores ainda aos autores dos quais Platão discordava mais, como Protágoras, Heráclito e outros de pensamento similar a estes últimos. Também há semelhanças com o pitagorismo em sua obra, porém é com o personagem (ou indivíduo real?) apelidado de "estrangeiro" (Xenos) que Platão introduz a explicação do ser e de algumas classes (eidos) relacionadas a este tema que parece um dos centrais em seu trabalho. 
ser de Platão é explicado na obra Sofista, embora apareça em outras como A República. Ele não é um mero estudo especializado de ontologia e isolado - é fruto de uma investigação racional ética, portanto é fruto de uma construção de conhecimento... Que infelizmente é pouco aceita na academia desde a propagação dos pressupostos materialistas (e consequentemente niilistas também, ao rotularem e excluírem completamente a "cosmovisão espiritual") do século 19 em diante. Na verdade o ser de Platão hoje parece tratado como uma mera opinião ou até mesmo como um devaneio por muitos do meio científico. O problema disto é que, ao desprezar a construção de conhecimento transdisciplinar em diálogo com a espiritualidade e principalmente com a ética proposta por Platão, a ciência ou "academia" (pós) moderna ignora a base dessa construção, correndo o risco de ser contra um diálogo real com as culturas diferentes e suas cosmovisões e correndo o risco de ser antiética.

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